quinta-feira, 21 de outubro de 2010



"Os fogos de artifício tão comuns na passagem de ano são responsáveis por variados acidentes, principalmente com cães. O número de fugas é grande e é comum que, após estas fugas, os animais, por ficarem desorientados, já não consigam voltar para casa, sejam atropelados, ou ainda que, por medo, mordam quem vive consigo e outras pessoas. Acontecem também lutas, enforcamentos com as próprias coleiras, mutilações nas grades de vedações ou portões, afogamentos em piscinas ou lagos, quedas de andares, paragens cardiorespiratórias, entre outros problemas graves.

O pânico desorienta o animal e deixa-o em desarmonia com o ambiente.

Procure evitar as situações acima descritas garantindo ao animal condições mínimas de segurança, poupando-o a ambientes conturbados e barulhentos (desde antes do início dos fogos). Transmita-lhe paz e tranquilidade e a sensação de que tudo está bem e sob controlo.

Reacções de medo, susto e espanto demonstradas pelos humanos podem deixar o animal inseguro, o que poderá fazer com que este reaja com agressividade, fuja, e/ou procure tomar ele o controle da situação. Os cães são lobos domesticados, que por natureza identificam e respeitam um líder. Onde não houver um, ele o será. Situações de descontrole e desordem são propícias para que se imponha e tente assumir a liderança e é aí que deve impor-se a sua voz, apaziguando-o e mostrando-lhe que está seguro e protegido.

Aconselha-se o uso de tampões de algodão nos ouvidos, que podem ser colocados minutos antes e retirados logo após os fogos, assim como calmantes naturais que podem ter um resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam sintomas de stress. Nunca administre um medicamente sem aconselhamento do médico veterinário assistente. "


Fonte: Henrique Ortiga Filho/Kiko
Blog VetCondeixa